A federação espanhola de futebol fez a sua parte para tentar garantir uma final clássica para a Supertaça entre Barcelona e Real Madrid. O Real Madrid, por outro lado, não. O torneio apresenta quatro times pelo segundo ano consecutivo, combinando campeão e vice da La Liga com os da Copa del Rey.
Athletic e Real Sociedad, os dois grandes rivais bascos que no ano passado eliminaram Madrid e Barcelona na Copa del Rey, mas ainda não disputaram a final por se recusarem a fazê-lo sem seus torcedores, se rebelaram contra a ordem estabelecida novamente.
Na quarta-feira, foi necessária uma atuação milagrosa do goleiro Marc-André ter Stegen, e depois uma disputa de pênaltis, para o Barcelona derrotar o Real Sociedad em Córdoba.
Na quinta-feira, o Athletic Bilbao deu um curto-circuito em todos os planos para um possível El Clássico na final da supertaça da Espanha, nocauteou o Madrid em uma partida que, embora não tenha chegado à prorrogação, chegou aos 98 minutos, todos ficaram esperando com o coração na boca para um último cheque VAR depois que Sergio Ramos caiu no chão.
No final, nenhuma falta foi cometida e o apito final seguiu-se em Málaga. O Athletic venceu o Real Madrid por 2 a 1 no La Rosaleda, construindo dois gols e segurando o campeão da La Liga.
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Resumo da partida
O jogo foi bem disputado desde o início da partida. Raúl Garcia marcou dois gols no primeiro tempo e o Real respondeu apenas por intermédio de Karim Benzema, aos 72 minutos.
Mas ficou aquém de uma recuperação. Os minutos finais foram nervosos. Marco Asensio acertou três vezes na trave, Benzema viu o empate anulado por impedimento e houve uma análise no VAR para possível falta em Sergio Ramos.
Unai Simon fez cinco defesas para o Athletic, segurando o grande resultado. Se isso faz parecer que o Athletic teve sorte, essa não é realmente a história deste jogo. Thibaut Courtois fez defesas notáveis para o Real Madrid. Asensio assumiu a responsabilidade em jogadas individuais numa altura em que o Madrid criava pouco colectivamente.
Na última vez em que as duas equipes se enfrentaram, há pouco mais de um mês, Raúl García havia sido expulso. Ele admitiu depois que sentiu que devia à sua equipe, e ele pagou essa dívida amplamente contra o Real.
Antes do intervalo já tinha marcado dois gols: o primeiro foi um remate certeiro, depois de Iñaki Williams ter permitido que a bola de Dani García chegasse a ele, o segundo foi de pênalti após Lucas Vázquez derrubar Iñigo Martínez.
O Real Madrid reagiu à medida que o cansaço aumentava para o Atlético, as chances surgiram. O favorito começou a encontrar espaço e oportunidades, especialmente no flanco direito.
Aos 72 minutos, Benzema finalizou o passe de cabeça de Casemiro. A bandeira foi levantada por impedimento, mas o VAR acabou validando o gol. Mas não adiantou.
Ramos tentou cruzar aos 94 minutos, Ferland Mendy rebateu por cima da trave um minuto depois e, com o tempo, em um último ataque e Ramos, o craque caiu. A espera por uma resposta do VAR foi longa, mantendo o Athletic agitado, mas no final, a falta não foi marcada.
O Athletic está tentando se tornar o primeiro time, além do Real ou do Barça, a vencer a Supercopa de Espanha desde que o lado basco conquistou o troféu em 2015.
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Traduzido e adaptado por equipe Esportes Play
Fontes: NBC Sports / The Guardian